Do blog do vereador Cafezinho
www.uniaojuventude.com.br
Antônia Pereira Gomes, popularmente conhecida como Tuíca de
Denor, nasceu em 07 de julho de 1952 e pode ser considerada uma guerreira
devido a sua trajetória de vida e aos inúmeros obstáculos que enfrentou como
mulher, negra, e por suas limitações que, contudo, não foram suficientes para tirar
a alegria e vontade de viver que ela tinha.
Em 2012, Tuíca sofreu uma grande perda com a morte do marido
Denor, seu único companheiro por muitos anos. Após a tragédia, ela conseguiu
surpreender a todos que duvidavam de sua capacidade ao ser eleita vereadora do
município de Vitória do Mearim pelo PCdoB, com 481 votos, ficando entre os nove
candidatos mais bem votados do município.
Durante a campanha, Tuíca sofreu um grande desgaste físico, o
que fez com que ela adoecesse logo após a posse do dia 1º de janeiro. Ela
participou das sessões na Câmara Municipal até o mês de abril, quando seu
estado de saúde piorou.
Há um mês, ela estava internada em São Luís para tratar a
saúde debilitada.
Hoje pela manhã, Tuíca veio a óbito prestes a completar 61
anos de idade, interrompendo assim, a história de luta que só a ela pertenceu. Ela
não deixou filhos.
A cidade de Vitória do Mearim está de luto hoje, pois perdeu
um deus personagens mais simples e ilustres.
O amigo Aldo César, também muito conhecido na cidade de
Vitória, pode acompanhar Tuíca durante toda a campanha, o que gerou uma grande
amizade entre os dois. Hoje, ele lamenta a morte da amiga, sem deixar de
relembrar os julgamentos que ela sofreu ao ser eleita Vereadora.
Em sua página pessoal do Facebook, Aldo se expressa da
seguinte forma:
“Mulher negra cujos últimos passos do seu destino pessoal lhe
foi dado pelo povo de forma gloriosa ao atribui-lhe o cargo de vereadora deste
município. Não importa as suas características de ordem pessoal e de problemas
que possam ter--lhes afligido, mas, é preciso
que nos importemos com sua trajetória até pouco tempo conhecida. O
luto é um instante que nos encaminha para construir lembranças eternas ou não.
Não adianta muitos dizer agora: Que pena,
coitada.... se a pouco tempo a criticavam como analfabeta, incompetente, zero a
esquerda. Isto ouvi e vi muitos se manifestarem.
Vamos homenageá-la com sinceridade, sem exagero e
com dignidade”.
Com esta linda homenagem de um
amigo, é que encerramos por aqui a divulgação desta triste notícia.
O que Tuíca deixa aos seus
conterrâneos?!
O exemplo de vida, a história de
garra, persistência e instituto de sobrevivência.
Colaborou Aldo César
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